3.21.2008

“Is this why newspapers are dying? Because there are no communities?”





Mindy MacAdams comenta no seu blog uma passagem do livro de Clay Shirky "Here Comes Everybody: The Power of Organizing Without Organizations", onde se faz uma diferenciação das relações entre o público e os media, e entre os próprios utilizadores e criadores de conteúdos. E a meio faz esta questão avassaladora: «Is this why newspapers are dying? Because there are no communities?»
Se antes, e por motivos estruturais, um jornal estava mais próximo de um grupo ou de uma comunidade, com os novos media a transversalidade nas audiências aumentou, assim como os conceitos de especialização e hiperlocalidade se tornaram preponderantes para a definição e sobrevivência de alguns meios de comunicação.
Citando Shirky, «audiências não são o mesmo que comunidades, e as comunidades são feitas de pessoas em diálogo», Mindy MacAdams deixa talvez a questão mais fundamental para a identidade dos media em transição: o que é que as comunidades precisam e como é que os jornalistas o podem fornecer?
O jogo já não é feito apenas com a premissa de responder às perguntas básicas do jornalismo, mas com a problematização e participação por parte de todos que queiram participar na construção do hiper-senso-comum, da hiper consciência colectiva sobre a realidade. O público não é mais um ponto de destino, mas um princípio activo, e é aqui que a mudança está realmente a ocorrer.
Alexandre Gamela / O Lago
Imagem: D.R.
English version
Mindy MacAdams comments on her blog a passage from the book by Clay Shirky "Here Comes Everybody: The Power of Organizing Without Organizations", where is established a differenciation in the relations between public and media, and among the users themselves and content generators. And then she makes this overwhelming question: «Is this why newspapers are dying? Because there are no communities?»
If before, and due to structural reasons, a newspaper was closer to a group or a community, with the new media the transversality in the audiences increased, just like the concepts of of specialization and hyperlocality became prevailing to the definition and survival of some media.
Quoting Shirky, «Audiences are not the same as communities, and communities are made up of people talking to one another», Mindy MacAdams leaves perhaps the most fundamental question for the identity of the media in transition: what do communities need and how can journalists provide it?
The game is longer played under the premiss of answering to the basic questions of journalism, but with the problematic rendering and participation of all who want to participate in the construction of a hyper-common-sense, of a hyper collective conscience upon reality. The audience is no longer the destination but an active principle, and this is where the change is really happening.

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