2.15.2007

Banda desenhada independente

Sparkplug Comics
A Sparkplug Comics, sediada em Portland, tem-se constituído como uma das editoras de referência no cenário da banda desenhada indie norte-americana, percorrendo uma estética onde não são (de todo) estranhos nomes como Daniel Clowes ou Charles Burns.

Uma das séries que melhor serve de cartão de visita à Sparkplug é a retro “Tales to Demolish”, de Eric Haven, cujo segundo número tem o sugestivo título de “I Killed Dan Clowes” – um relato surreal e humorístico de como o autor mata acidentalmente os artistas Daniel Clowes e Adrian Tomine, que acabam por ser transformados por uma entidade superior em super-heróis sedentos de vingança.

"Mine Tonight"


Falando em Daniel Clowes, o autor de “Eightball” e “Ghost World” recomenda outra das edições desta editora, “Christina and Charles”, de Austin English, tecendo a seguinte consideração: «What (the tenth frame) is doing will yield interesting and worthwhile results». Uma opinião partilhada por diversas publicações especializadas, como o “The Comics Journal” ou a “Giant Robot Magazine”.

Referência ainda para outros lançamentos da Sparkplug Comics que merecem ser investigados, como “Mine Tonight", de Alixopulos, “Whatching Days Become Years”, de Jeff LeVine, ou a pequena maravilha gráfica que é “Asiaddicts”, de Mats!?, o retrato de pessoas e culturas resultante de uma viagem pela Tailândia, Laos e Cambodja.


“Whatching Days Become Years”

Armchair Comics

A Armchair Comics é uma editora independente de banda desenhada que surgiu sobretudo para publicar os trabalhos de Gavin Burrows, o seu fundador.

"Hell Awaits", "Hove Samson" ou a série "The Plot Thickens" são exemplos de publicações onde a sociedade britânica é criticada de forma mordaz e impiedosa, através de personagens que são caricaturas, por si só. Para quem gosta de BD com (in)consciência social.
[contacto: 37 Hollingbury, Park Avenue, Brighton BN1 7JG, England]

"The Plot Thickens"


Nate Powell
Nate Powell é o autor de "Walkie-Talkie", uma excelente banda desenhada composta pelas short-stories "Autopilot", "The Astronomers' Club" e "Daylight".

Melancólica no texto - «dedicated to everything that fell apart» -, fascinante na arte visual, esta é uma obra que toca a priori pela sua aparente simplicidade e autenticidade, o que não impede que as características exteriores se acabem por desvanecer na densidade das personagens e situações.

À semelhança de muitos outros artistas oriundos do circuito indie norte-americano, Nate Powell acabou por captar a atenção da indústria dos comics. Sobre o trabalho "Tiny Giants", a senior editor da Dark Horse Comics, Diana Schutz, diz o seguinte: «Nate Powell's "Tiny Giants" heralds the arrival of a fresh talent on the increasingly sophisticated American comics scene. With a wisdom beyond his years, Powell explores, in meticulous black and white, those all-too-gray questions most people choose to ignore».
[contacto: soophiebones@hotmail.com]

"Tiny Giants"


Insomniac Machine

A editora norte-americana Insomniac Machine (que reúne artistas provenientes dos EUA, Canadá, México, Europa e Indonésia) tem disponível, entre outras publicações, a série "Kouseki": a história de sete jovens guerreiros que protegem os cristais de Kouseki e combatem as forças do mal, em pleno Japão feudal.

Combates violentos, misticismo, samurais & monstros, tudo à boa maneira Manga.
[contactos: contactim@insomniacmachine.com / takami@insomniacmachine.com]

Nuno Loureiro
Imagens: © Sparkplug Comics / © Nate Powell

2.13.2007

Purple Tree Records



A Purple Tree Records é responsável pelo lançamento de diversos e promissores projectos da neue musik suíça, e não só.

Entre os elementos do catálogo desta editora, destacam-se os trabalhos de Negative Trip (curioso cocktail de hip-hop pós-moderno e vestígios de electrónica germânica), Suburban Skulls (som "sujo" e minimal, próximo de uma [est]ética "industrial") ou S.M.A.A.K (electrónica dançável). Já The Otiacs é uma pequena pérola neofolk.

O site da Purple Tree Records é um destino bastante aconselhável. Para além do catálogo e outros recursos já habituais, disponibiliza ainda videoclips, galeria de imagens, media-tips e dissertações sobre política e filosofia.


Negative Trip: "Honk Station" (vídeo)

S.M.A.A.K. feat. Rahel: "Covergood2" (vídeo)

The Otiacs: "Icon 4" (vídeo)



Nuno Loureiro
Fotos: Purple Tree Records




2.04.2007

Chris France


Desde o final da década de 1990 que o músico britânico Chris France desenvolve um (interessante, embora desconhecido) trabalho direccionado para os campos da arte sónica e das bandas sonoras futuristas. Isto, mantendo «diversas e radicais fusões entre correntes de tecnologia contemporânea» e formulando «uma regeneração única de composições transgénicas».

Com um currículo onde se incluem composições para produções multimédia e teatrais, Chris France tem vindo a concentrar os seus esforços na fusão de rotten jazz e subterranean lounge. Já viu os seus trabalhos publicados por editoras como a Iris Light, Rebel Sounds ou Being Creative, tendo faixas mp3 disponíveis no Peoplesound.com, embora a maioria da sua produção sonora (também materializada em projectos como ISVN ou Guinea Pig) seja sobretudo veiculada pela BZ Media, a sua própria etiqueta (não confundir com a empresa nova-iorquina de high-tech media).



Actualmente, Chris France está particularmente interessado em trabalhar na produção de instalações áudio e bandas sonoras para filmes.
[contacto: 20 Lakeside Gardens, Merthyr Tydfil, CF48 1EN, Wales, UK]

Nuno Loureiro
Fotos: D.R.